quinta-feira, 24 de junho de 2010

Amara est veritas.



A verdade é amarga



O cheiro a mofo, das paredes negras, cobria-lhe o rosto de azedume em formas oscilantes, o candeeiro a petróleo bebia o pavio em goles oxigenados, pelas fendas de madeira apodrecida. O homem arcaico mascava histórias do mar, num bloco de apontamento em laçadas de carvão, içadas em redes de pesca remendadas pelo tempo.


O velho solitário era filho de pai incógnito e, Maria Madalena que o esconjurara à nascença; atravessou o deserto dos renegados…


…Nem o santíssimo sacramento o comungou, nem Madalena se arrependeu.